A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que ataca os vasos sanguíneos e, quando não é identificada e tratada, pode prejudicar outras áreas do corpo. A condição ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90mmHg (o popular 14 por 9).
Veja a seguir por que a hipertensão precisa da sua atenção e conheça fatores de risco, modos de prevenção e tratamento para o problema.
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Por que a pressão alta é tão perigosa?
A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível, que tem como característica ser silenciosa. Isso significa que a pressão pode subir e você não perceber qualquer sintoma.
Quando os sinais aparecem, é porque a pressão subiu de forma perigosa. Então, podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Isso é um problema porque, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a pressão alta é considerada um fator de risco para eventos cardiovasculares como: Acidente Vascular Encefálico (AVE), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Doença Obstrutiva Periférica.
Além disso, a hipertensão está na lista de condições que podem agravar o quadro de COVID-19. Sendo assim, torna-se ainda mais importante saber reconhecer, tratar e prevenir a pressão alta.
Conhecer a possível origem do problema contribui muito para isso. Veja a seguir.
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Estilo de vida costuma ter relação com a pressão alta
De acordo com o Ministério da Saúde, essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam os níveis de pressão arterial.
Na grande maioria dos casos, a origem é multifatorial e está associada a fatores de riscos modificáveis e não modificáveis. Veja quais são eles:
· Fatores não modificáveis
Sexo, idade, etnia e história familiar. Sabe-se que é a pressão alta é mais prevalente na raça negra, aumenta com a idade, acontece mais entre homens com até 50 anos e entre mulheres acima de 50 anos;
· Fatores modificáveis
Alimentação inadequada, sedentarismo, uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, estresse, glicemia elevada (diabetes), colesterol e/ou triglicérides elevados, sobrepeso e obesidade.
Os especialistas da SBC explicam que controlar os fatores de risco da hipertensão evita em 80% as doenças cardiovasculares. Por aí, já é possível perceber a importância de investir nas modificações necessárias para manter a pressão regular.
Mas como saber que a pressão está realmente alta se o problema não tem sintomas? Descubra a seguir.
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Como saber que a pressão está alta
A aferição da pressão arterial é a principal medida para descobrir isso. O procedimento deve ser realizado conforme orientações das diretrizes vigentes da SBC, que dizem que valores iguais ou maiores que 140mmHg para pressão arterial sistólica e/ou 90mmHg para pressão arterial diastólica (14 por 9) caracterizam pressão alta em pessoas maiores de 18 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas acima de 20 anos de idade devem aferir a pressão ao menos uma vez por ano para conhecer os valores médios individuais de normalidade. Se houver hipertensos na família, deve-se fazer isso, no mínimo, duas vezes por ano.
Uma vez confirmado o diagnóstico de pressão alta, é preciso identificar a causa e avaliar o risco cardiovascular. Então, vem uma ampla recomendação de equipe multidisciplinar para ajudar a manter a hipertensão controlada.
Lembrando que o problema não tem cura, apenas controle. Por isso, é essencial que a pessoa que sofre com hipertensão tenha comprometimento com as orientações médicas.
A seguir, veja o que fazer se você estiver no grupo de quem sofre com pressão alta.
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Estou com pressão alta, e agora?
O tratamento da pressão alta inclui medidas que vão desde o uso de medicamentos até mudanças no estilo de vida. As duas abordagens costumam ser combinadas e o objetivo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), é não apenas reduzir a pressão arterial, mas proteger órgãos-alvo e prevenir complicações cardiovasculares e renais.
O tratamento sem medicamento consiste em medidas simples como:
- Parar de fumar;
- Evitar o uso excessivo de bebidas alcoólicas;
- Seguir uma alimentação saudável;
- Praticar atividade física regularmente;
- Controlar o estresse.
Quanto à alimentação saudável, é recomendado:
- Evitar o consumo de produtos ultraprocessados;
- Observar o rótulo dos alimentos, evitando aqueles com alto teor de sódio;
- Procurar comer mais alimentos in natura;
- Usar e abusar das ervas aromáticas e especiarias na cozinha para evitar temperos prontos.
Você tem ideia da quantidade de sal que consome diariamente? Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Ministério da Saúde, o brasileiro está consumindo quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma vez que esse elemento é um fator desencadeante da pressão alta, vale ter atenção a isso, lembrando que os produtos industrializados são os mais ricos em sal. Neste podcast, da SBH, você pode entender os perigos do consumo excessivo. Vale ouvir!
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Quanto à prática de atividade física regular, para a prevenção de diversas doenças, entre elas a hipertensão, é recomendado:
- No mínimo 150 minutos de exercícios por semana para adultos;
- No mínimo 300 minutos por semana para crianças e adolescentes.
Para quem já sofre com pressão alta, a orientação de um profissional de educação física é essencial para prescrição. O mesmo vale para as mudanças na alimentação, que devem ser orientadas por um nutricionista. Converse com nossa equipe multidisciplinar para mais informações!
Lembrando que as medidas preventivas contra a pressão alta também incluem a aferição periódica e isso se torna ainda mais importante levando-se em conta o fato de que a hipertensão é fator de risco para casos graves de COVID-19. Não se descuide!
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